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No tempo em que a avenida se chamava Estrada de Conselheiro
Furtado e que a Praça Amazonas era o “Largo de São José” – isso quando os
bondes e trens ainda circulavam pela cidade de Belém, que só tinha 60 ruas e a
iluminação pública era feita através de azeite de andiroba e gás carbônico-, um
grande galpão industrial de ferro fundido, estrutura européia, foi montado,
exatamente, naquele largo. Era o final do século XIX e início do Ciclo da
Borracha.
No galpão, onde hoje está a Importadora Veículos, na atual Praça Amazonas, funcionava
a Cia. de Gás de Belém (Gasômetro), responsável pela iluminação da cidade. A
estrutura do galpão onde o Gasômetro funcionava, segura por pilares de ferro fundido que garantem
1200 m2 de vão livre, continua firme até hoje, mais de 149 anos depois. Em 1995,
ainda que o lodo, a ferrugem e as trepadeiras tenham tomado conta das vigas,
ainda que metade do galpão esteja há nos destelhado, à mercê do sol e das
chuvas amazônicas. Na década de 20, com a chegada da energia elétrica, o galpão
foi desativado e ficou sem utilidade. Passou pela mãos de vários donos e, por sorte, não virou
sucata.
Em 1995, os proprietários da Importadora Veículos pretendiam aproveitar o terreno onde
ficava o galpão absolutamente ocioso. Chamaram técnicos da Chevrolet que, ao
verem o galpão, se apaixonaram: queriam levar a estrutura para São Paulo,
recuperá-la e usar seu charme por lá. Mas os empresários, que sequer sabiam do
valor histórico do local, procuraram o arquiteto e secretário de Cultura do
estado Paulo Chaves, para que os esclarecesse sobre o galpão.
Após semanas de pesquisa, a história foi redescoberta.
Depois de algumas negociações, os empresários decidiram doar o galpão para o
governo do estado.
(Este artigo foi extraído do Jornal O LIBERAL de 28/007/1995), não há citação de autor do texto, nem do fotógrafo.
(Este artigo foi extraído do Jornal O LIBERAL de 28/007/1995), não há citação de autor do texto, nem do fotógrafo.
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