segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Durvalina Vasconcelos Paiva

 Nesta imagem minha mãe deveria ter entre 23 e 24 anos.


Nascida Durvalina Marçal de Vasconcelos, logo cedo perdeu  sua mãe e foi entregue ao tio Manoel Marçal para ser criada no município de Cametá, onde servia a família como uma espécie de empregada e pelo que me contava sofreu muita humilhação deste tio.
Na esquerda Dulcinéia Marçal de Vasconcelos e sua irmã Durvalina Vasconcelos Paiva, passeando pelas ruas do comércio de Belém do Pará.

Voltou à Belém e em uma exibição de uma peça de Pastorinha da qual fazia parte, no Teatro da Paz, conheceu meu pai Claudio Romanoli Paiva.

Imagem do casamento de minha tia Maria Clara, onde meus pais aparecem.

 Os primeiros anos de casamento foram extremamente difíceis em termos financeiros, porém ela com dons artísticos, pintava além de telas, almofadas para casamentos e era exímia costureira. Sua produção de batas para recém nascidos com "casas de abelhas" era toda entregue à comerciantes e não havia estoque tal seu trabalho, todas as noites a via na máquina de costura.

 Durvalina Vasconcelos Paiva e José Maria Vasconcelos Paiva, creio que em 1952 ou 1953, pois nasci em 1950.


Era católica devota da Senhora da Conceição, cuja primeira igreja contou com sua ajuda e de toda a coletividade do bairro, através de doações de pedras, porém, algo a incomodava profundamente, sua mediunidade e as frequentes, incorporações de entidades que não aceitava.

Meus pais Durvalina Vasconcelos Paiva e Cláudio Romanoli Paiva no dia de seu casamento.

Nasceu em 04 de junho de 1930 e veio a falecer em 10 de maio de 1967, de um câncer proveniente talvez de uma operação de apêndice, sabe lá se bem feita. Era uma bela morena de cabelos negros e muito vaidosa, rígida as vezes, porém chegou a abrigar em sua casa muitas pessoas necessitadas, como Dona Marcolina e sua filha excepcional a Maroquinha, chegou a criar além dos quatro filhos uma filha de criação chamada de Lucila, porém esta deu-lhe o maior dos desgostos, traindo-a de modo muito cruel, não sei que fim levou esta criatura diabólica.


 Minha mãe pouco tempo antes de nos deixar.

No agravamento de sua doença, recorria muito a Senhora do Perpétua Socorro, íamos as novenas das terças-feiras e tentava vários chás de ervas que lhe ensinavam, porém jamais contou aos filhos de suas dores. Seu falecimento foi para nós um fato de extrema surpresa, pois nada sabíamos.

Faço este registro, pois nada ainda tinha publicado sobre minha mãe amada. Dona Durvalina teve quatro filhos, José maria Vasconcelos Paiva, Jorge Vasconcelos Paiva, Maria Helena Vasconcelos Paiva e Jaime Vasconcelos Paiva.


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